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INPE realiza manobras orbitais para missão lunar Chandrayaan-2
São José dos Campos-SP, 04 de setembro de 2019
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) prestou suporte em rastreio, recebimento de telemetria e envio de telecomandos à missão lunar Chandrayaan-2 durante os primeiros 24 dias após o lançamento da espaçonave, realizado em 22 de julho a partir de Sriharikota, na Índia.
A Chandrayaan-2 é a segunda missão de exploração da Lua da Organização Indiana de Pesquisas Espaciais (ISRO) e, desta vez, envolveu a inserção de um veículo na órbita do satélite (orbiter), o pouso suave de um módulo (lander) e a exploração do solo lunar por um veículo robótico (rover). O conjunto foi inserido na órbita da Lua por meio de uma série de manobras orbitais.
O Centro de Rastreio e Controle de Satélites do INPE foi convidado pela Rede de Telemetria, Rastreio e Comando (ISTRAC) da ISRO a integrar a rede de estações de rastreio destinada ao suporte operacional às fases "Centrada na Terra" e "Transferência Lunar" da Chandrayaan-2.
O apoio à operação indiana foi prestado pelas estações do INPE localizadas em Alcântara (MA) e Cuiabá (MT) e consistiu do rastreio da Chandrayaan-2 e de telecomunicações com a sonda lunar durante as passagens sobre as regiões de visibilidades das antenas brasileiras.
Estações terrenas
O suporte do INPE permitiu que o centro de controle localizado em Bangalore, na Índia, pudesse, em tempo real, receber os dados de telemetria da sonda lunar e enviar telecomandos a ela, por meio de uma rede de comunicação de dados dedicada, previamente estabelecida com as estações terrenas de Alcântara e Cuiabá.
A estação no Maranhão realizou 232,4 horas de rastreio e a de Mato Grosso, 218,2 horas, totalizando 450,6 horas. Todas as atividades previstas foram desempenhadas com pleno sucesso, tanto durante a participação em ensaios simulados, com a integração real das estações brasileiras à rede da ISTRAC/ISRO, quanto durante o fornecimento do suporte, propriamente dito, à missão Chandrayaan-2.
O sucesso no suporte à missão lunar da ISRO demonstrou uma vez mais a competência técnica do INPE no apoio a missões estrangeiras de características variadas. A experiência com a Chandrayaan-2 pode ser aproveitada em lançamentos de futuros satélites pelo Brasil.
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