Notícia
Programa das Nações Unidas premia sistema de alerta de secas e desertificação desenvolvido no INPE
São José dos Campos-SP, 27 de junho de 2014
Pela sua importância no combate à degradação do solo e da desertificação para a convivência com o semiárido, um sistema desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) foi premiado pelo programa Dryland Champions, da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês).
O Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação (SAP) é realizado em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O certificado “Dryland Champions – Eu sou parte da solução” foi entregue pela ministra Izabella Teixeira (MMA) no dia 16 de junho, em Brasília, à pesquisadora Rita Marcia da Silva Pinto Viera, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST/INPE), que representou o Instituto na cerimônia em que foram reconhecidos 16 projetos de várias instituições brasileiras.
O projeto SAP foi criado para responder aos desafios das mudanças climáticas. Vários cenários indicam que a região semiárida do Brasil é muito vulnerável à variabilidade climática e, particularmente, aos seus extremos. Mudanças no uso e cobertura da terra na região semiárida foram aceleradas nas últimas décadas devido a fatores climáticos e atividades humanas.
O SAP consiste em um banco de dados geográficos com informações físico-ambientais e socioeconômicas que permite a interação de indicadores de seca e desertificação. Ele integra dados de sensoriamento remoto e previsões do tempo para permitir uma avaliação contínua das áreas mais suscetíveis, melhorar a compreensão dos efeitos combinados da seca e desertificação. Trata-se de uma ferramenta de planejamento sustentável para os tomadores de decisão.
“O projeto também fomenta a formação de recursos humanos especializados em estudos de desertificação”, destaca Rita Marcia, autora da tese de doutorado “Indicadores e Precursores do Processo de Desertificação no Semiárido Brasileiro”, orientada por Javier Tomasella e Regina Célia dos Santos Alvalá.
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