Notícia
Curso oferece técnicas de monitoramento por satélites da extração seletiva de madeira
São José dos Campos-SP, 07 de dezembro de 2015
No Centro Regional da Amazônia (CRA) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Belém (PA), foi realizado de 30 de novembro a 4 de dezembro o curso Monitoramento de Exploração Seletiva de Madeira. Profissionais de diferentes instituições tiveram contato com as metodologias utilizadas pelo INPE no monitoramento, através de imagens de satélite, de extração seletiva de madeira. Essa é a base do DETEX, um dos projetos que compõem o Programa Amazônia do Instituto.
Foram convidados 22 técnicos do Departamento de Inteligência da Polícia Federal, Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Instituto de Meio Ambiente do Estado do Mato Grosso do Sul (IMASUL), Embrapa Oriental, Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Trairão/PA, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade Federal do Pará (UFPA).
Ministrado pelos consultores Luis Sadeck e João Felipe Kneipp, o curso consiste no repasse da metodologia DETEX aos alunos, com o objetivo de torná-los aptos a realizarem o mapeamento de exploração seletiva de madeira em áreas de interesse dos projetos desenvolvidos em cada instituição.
Inicialmente, o DETEX foi desenvolvido pelo INPE para controlar e acompanhar a extração de madeira em áreas de concessão florestal, dentro de uma parceria com o Serviço Florestal Brasileiro, para detectar atividades madeireiras ilegais e verificar se a exploração sob contrato de concessão ocorre em locais, intensidade e períodos estabelecidos no Plano de Manejo Sustentável.
De acordo com a chefe do CRA/INPE e coordenadora do Projeto de Capacitação em Monitoramento de Florestas por Satélite - Capacitree, Alessandra Gomes, o curso para Mapeamento de Exploração Seletiva de Madeira é muito mais do que a abordagem de um aplicativo, trata-se de desenvolver e apresentar metodologia para monitoramento de florestas e alvos específicos, como é o caso do corte seletivo, e ensinar técnicas de processamento digital de imagens e de interpretação.
“Passamos aos alunos toda a metodologia do DETEX nos softwares, em laboratório e em seguida há o momento em que mostramos como é o campo que fazemos. Como o curso é rápido e tem muito conteúdo, uma semana só é um tempo curto para fazermos uma saída a campo levando equipamentos, câmera com lente fish eye, densidômetro, GPS, entre outros”, explica o analista em Geotecnologia,Luis Sadeck.
O curso foi dividido em duas etapas, a primeira apresentando as técnicas dentro do aplicativo SPRING, onde se cria um banco de dados para o mapeamento e, posteriormente, destaca-se a utilização do TerraAmazon, aplicativo desenvolvido pelo INPEpara se trabalhar como um editor multiusuário de dados geográficos vetoriais.
O engenheiro florestal Sérgio Bianchini, do IMASUL/MS, disse que a utilização do TerraAmazon pode contribuir e facilitar o trabalho de monitoramento do Pantanal, na região onde atua.
Representante do Serviço Florestal Brasileiro e com atuação em Natal (RN), Rafael Sessa revela que a capacitação muito contribuiu para fazer o manejo florestal e completou que já há um projeto em parceria com Centro Regional do Nordeste (CRN), do INPE, com o intuito de utilizar tais métodos desenvolvidos no Centro Regional da Amazônia (CRA) para o monitoramento florestal dos biomas da região nordeste.
Curso acontece em centro do INPE localizado em Belém.
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