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Diretor do INPE participa de audiência no Senado sobre os desafios do setor aeroespacial brasileiro

por INPE
Publicado: Fev 17, 2016
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São José dos Campos-SP, 17 de fevereiro de 2016

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Leonel Perondi, participou nesta terça-feira (16/2), em Brasília, da audiência pública promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal que discutiu o tema “Desafios e perspectivas do setor aeroespacial brasileiro”.

O debate apontou que o setor aeroespacial brasileiro precisa de governança, visão estratégica e recursos para que o Brasil alcance independência no acesso ao espaço.

Segundo o diretor do INPE, o Brasil tem hoje a oportunidade de ser um grande ator na indústria espacial e não deve deixar passar essa chance. “Porque em 5 a 10 anos, essa indústria já estará totalmente estabelecida e nós teremos aquele famoso late entrance fee, quer dizer, são países retardatários que querem entrar numa indústria. Eles vão ter que pagar muito mais porque, naquele momento, os sistemas produzidos já estão muito baratos”, afirmou Perondi.

Confira aqui a apresentação do diretor do INPE no Senado.

Também participaram da audiência: José Raimundo Braga Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB); tenente-brigadeiro-do-ar Alvani Adão da Silva, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA); Walter Bartels, presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB); Antônio Ferreira de Barros, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região; e Gino Genaro, diretor de Comunicação do Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais da Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial (SindCT).

Segundo os convidados para a audiência pública, a indústria aeroespacial brasileira está há quatro anos sem nenhum contrato e corre o risco de, no futuro, não conseguir acompanhar a indústria mundial, que está em crescimento. O setor também enfrenta falta de recursos humanos e limitação orçamentária, que corresponde a 0,004% do PIB brasileiro atualmente.

O diretor do INPE informou que o Brasil está entre os nove países no mundo que fabrica câmeras para colocar no espaço. “Nós conseguimos grandes avanços. Conseguimos em dez anos contratar três sistemas, gerando um arranjo industrial, temos inovação com essas câmeras, mas estamos perdendo esse arranjo”, afirmou Perondi.

O senador Cristovam Buarque, presidente da CCT, disse que a audiência pública foi a melhor até o momento desde que começou a presidir a comissão. Ele afirmou que vai preparar um documento que possa chamar a atenção do Brasil para o potencial que o país tem e não está utilizando.

O vídeo da audiência, bem como as apresentações realizadas no evento, estão disponíveis aqui.


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