Notícia
INPE aprimora dados para melhor uso da energia solar no Brasil
São José dos Campos-SP, 05 de junho de 2017
O Brasil possui um enorme potencial ainda pouco explorado em energia solar, indica o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que se prepara para lançar a segunda edição - revista e ampliada - do Atlas Brasileiro de Energia Solar.
A expansão da energia solar no país e a entrada de novas tecnologias motivaram a atualização do Atlas, um trabalho pioneiro lançado em 2006, que ajudou a alavancar a geração de energia elétrica a partir desta fonte renovável.
O primeiro atlas ainda é a referência nacional na área da energia solar. O cadastramento e a habilitação dos novos empreendimentos de geração de energia elétrica a partir da fonte solar fotovoltaica, realizados pelo Ministério das Minas e Energia, empregaram os dados do atlas pioneiro como referência nos últimos leilões de energia de reserva.
“O trabalho realizado nos últimos 11 anos em nosso Laboratório de Modelagem e Estudos de Recursos Renováveis de Energia (LABREN) permitiu aumentar a confiabilidade dos dados e, assim, minimizar os riscos de novos empreendimentos solares, como também ampliar a base de dados de satélites utilizada por nosso modelo de transferência radiativa”, diz Enio Pereira, pesquisador do INPE e o coordenador dos estudos.
A nova edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar traz vários avanços nas parametrizações do modelo de transferência radiativa Brasil-SR e, também, análises sobre a variabilidade espacial e temporal do recurso solar. Para isso, foram utilizados dados de satélites obtidos durante 17 anos.
Outra novidade do Atlas é a apresentação de cenários de emprego de várias tecnologias solares. Com lançamento previsto para ainda este mês, o trabalho estará disponível na internet, no site do INPE.
Para realizar o Atlas, o INPE contou com a participação de pesquisadores de várias instituições no Brasil, como Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
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