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Vice-presidente Hamilton Mourão e Ministro Marcos Pontes visitam satélite Amazonia1 no INPE/MCTI
São José dos Campos-SP, 30 de novembro de 2020
Ministro Marcos Pontes acompanhou o vice-presidente na visita ao INPE/MCTI onde também foram apresentados os dados preliminares do Prodes 2019/20.
Foto: Leonardo Marques - ASCOM/MCTI
O vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, estiveram nesta segunda-feira (30), com outras autoridades do governo federal visitando o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), unidade de pesquisa do MCTI com sede em São José dos Campos (SP). Na ocasião o general Mourão conheceu o Satélite Amazonia 1 com lançamento ao espaço previsto para o primeiro trimestre de 2021 e que será mais uma importante ferramenta para ajudar o governo no combate ao desmatamento na Amazônia.
O satélite terá a missão de fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica. Com seis quilômetros de cabos e 14 mil conexões, o Amazônia 1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A.
"O satélite Amazonia 1 muito nos orgulha por ter sido desenvolvido e produzido no país. Demonstra a capacidade da indústria e tecnologia nacional", elogiou o diretor do Inpe, Clézio de Nardin.
A comitiva liderada pelo vice-presidente visitou os laboratórios do Inpe onde o satélite passou por inúmeros testes necessários antes do lançamento que será realizado na Índia. Mourão conheceu outros projetos do Instituto e destacou que o governo precisa buscar parcerias com a iniciativa privada para melhorar ainda mais a infraestrutura e as pesquisas do Inpe.
Prodes
Durante a visita também foram apresentados os dados preliminares do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). O projeto realiza o monitoramento por satélites do desmatamento na Amazônia Legal. Identificação e mapeamento das áreas desmatadas na Amazônia Legal Brasileira. Os dados foram apresentados pelo coordenador do Programa Amazônia do Inpe, Cláudio Almeida. Havia uma estimativa de aumento de 20% do desmatamento na região se comparado ao ano anterior. Porém, o valor ficou em 9,5%. O valor final consolidado tem a previsão de ser divulgada entre maio e junho de 2021. "Pode haver uma pequena variação de uns 4%, mas temos uma confiança acima de 95% nos números que estão sendo apresentados hoje", adiantou Almeida.
O ministro Marcos Pontes aproveitou para destacar o trabalho realizado pelos pesquisadores do INPE. "Tenho orgulho do trabalho desenvolvido anualmente pelo INPE com uma equipe muito qualificada. Os dados são auditados e por traz deles existe um trabalho muito intenso. É importante ressaltar que com relação aos anos anteriores já vemos uma redução da tendência de subida o que é muito importante", avaliou.
Para Mourão o resultado provisório do Prodes demonstra que o governo deve manter os trabalhos na busca constante para a redução dos índices de desmatamento. "Não estamos aqui para comemorar nada disso porque isso não se comemora. Mas isso significa que os esforços que estão sendo empreendidos começam a render frutos", analisou.
Mourão que é também o titular do Conselho Nacional da Amazônia Legal ressaltou que o governo tem o conhecimento que desmatamentos ocorrem basicamente em quatro estados. No Pará, no norte do Mato Grosso, no sul do Amazonas e em Rondônia. "Só no Pará temos 47% da área total de desmatamento. Graças ao trabalho feito pelo Inpe temos a noção perfeita de onde nós devemos priorizar nossas ações para impedir que as ilegalidades ocorram", afirmou.
Mourão também divulgou ter conhecimento que 45% do desmatamento ocorre em áreas de propriedades devidamente consolidadas e 30% em áreas públicas, terras que não são unidades de conservação, nem terras indígenas nem foram vendidas para particulares. "Isso configura a mais flagrante de todas as ilegalidades e é tarefa nossa de combater isso com todos os meios que temos a nosso dispor", garantiu.
O vice-presidente explicou que o objetivo do governo é que o desmatamento seja apenas o previsto em lei no qual o proprietário tem o direito de desmatar até 20% da área total de sua propriedade. "Vamos prosseguir neste trabalho, usando a ciência, a tecnologia com inovação apoiando os trabalhos das entidades responsáveis pela fiscalização ambiental federais e estaduais", finalizou.
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